domingo, 4 de agosto de 2013

Os que desprezam oportunidades


03 Capítulo
Os que desprezam oportunidades

         Estamos meditando na Palavra de Deus sobre o texto que está no evangelho de Lucas, onde se descreve como Jesus restaurou a visão de Bartimeu, o cego de Jericó.
         Como já exposto no início deste ensaio literário, a narrativa nos mostra, implicitamente, vários grupos distintos de pessoas, não só as que viveram naquele tempo, mas as que podemos encontrá-las ainda nos dias de hoje, infelizmente, sem muito esforço.
         Os versículos iniciais nos abriram os olhos para indiferentes e curiosos, respectivamente.
         Dando sequência à leitura do escrito sagrado temos:
         “Responderam-lhe: É Jesus de Nazaré que passa”.
         A narrativa é bem clara quando afirma que o cego que estava à beira do caminho pedindo esmolas, levantou-se e perguntou o que era aquilo. Quantas outras pessoas continuaram sentadas, tagarelando, apáticas, enquanto Jesus passava?
         O cego “viu” que a oportunidade de mudar de vida, chegara. Reconheceu que aquele era um momento único e não poderia desperdiçá-lo. Ele soubera anteriormente quem era Jesus. Já ouvira falar de seus milagres. Creu, por isso levantou-se.
         Hoje, muitas vezes alguém nos avisa de que Jesus está bem perto, diante de nossos olhos... E não ousamos vê-Lo. Somos mais cegos que Bartimeu ou destituídos de discernimento espiritual?
         Precisamos estar atentos. Distinguir as oportunidades que o SENHOR nos proporciona. Carecemos senti-Lo, entender que ao experimentarmos a sensação afetuosa do vento no rosto, ou observarmos um pássaro em voo livre nos céus, que estamos diante de nova chance concedida prazerosamente por Ele para resgatarmos o que nos roubaram perversa e insidiosamente, um dia.
         Com as coisas simples da natureza é que esse Deus maravilhoso, ao qual devemos servir, apresenta-se na sua real grandeza.
         Muitos se comprazem nas aleivosias do mundo, locupletam-se com a lama que o pecado oferece desmedidamente. Iludidos pelo inimigo, sorriem o sorriso medíocre daqueles que acenam com a prosperidade que não possuem.
         Enganam-se, além da medida, os que atiram a própria existência na sarjeta dos prazeres ilícitos pensando que desfrutam, sorridentes, as atrações traiçoeiras, insidiosas, do mundo. São como balões de aniversário: bonitos, coloridos, cheios de nada, amarrados uns aos outros decorando sem participar da festa para, finalmente, estourados por mísera bagana de cigarro, acabarem como lixo excretado, varridos para uma suja e grotesca vala comum.
         Deus nos presenteia, constantemente, com as mais diversas oportunidades. Dia após dia, transbordando amor, passa diante de nós.
Na sua imensa desfaçatez, usando a evidência, também bíblica, o inimigo nos oferece seguidamente o fato de que um ladrão ganhou o Paraiso no último momento de sua vida. Procura, a todo custo, nos induzir a perdermos a vida inteira prevaricando, de pecado em pecado, para finalmente chegarmos até o Criador, como um amontoado de destroços.
         Quem nos garante o dia de amanhã? Por que deverei de maneira torpe e indigna ascender a uma cruz, como o malfeitor, que viveu deprimido, infeliz, insano a vida inteira, se posso aproveitar, na primeira chance, a dádiva de caminhar lado a lado, ditoso, com o Deus, que, por amor, me fez à sua imagem e semelhança?
         Também é amplo o grupo dos que dissipam oportunidades. É do tamanho daqueles que, abatidos, jazem sentados sempre à espera de uma próxima vez. Ela existirá?
Pr. Antonio Jorge

ajorgefs@gmail.com

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