04 Capítulo
Grupo dos fracos de caráter
O verso 38, parte b, “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim”,
chama a atenção para um grupo de pessoas que se dilui nas igrejas,
repartições públicas, na convivência com amigos e, até mesmo, na família.
A expressão Filho de Davi, usada por Bartimeu, significava o reconhecimento de
que Jesus era o Messias esperado pelos judeus.
Quando o pedinte gritou, de maneira insistente, “Jesus,
filho de Davi, tem piedade de mim”,
confessava, desse modo, crer que estava diante do Filho de Deus que, não só
poderia curá-lo como também restaurar a todo aquele que nele cresse.
É muito provável que
conhecesse as escrituras sagradas da época, e que alguém lhe houvesse acenado a
respeito dos feitos e atitudes de Jesus.
A verdade é que ele
acreditou estar diante do Cristo, Filho de Deus, o Messias. Não quis e não
perdeu a oportunidade.
Hoje, dois milênios depois,
muitos reconhecem que Deus mandou seu filho para nos resgatar do pecado... Que
carregou sobre si nossas dores... Fez-se maldito e morreu em uma cruz... Apenas
por amor a nós...
Ao ouvir, nos dias de hoje, a Palavra de Deus, muitos
se curvam, acreditam, choram, aceitam Jesus como único e suficiente salvador,
mas não se encorajam, como Bartimeu, para enfrentar a multidão.
Criou-se, desse modo, o grupo dos fracos de caráter,
dos que se recusam a dividir esse contentamento, essa verdade, com outras
pessoas, por medo de encarar a barreira da timidez.
Aceitar Jesus como Senhor e salvador de sua vida não é
o que muitos pensam e ridicularizam pelos quatro cantos, irresponsavelmente.
Não é sustentar uma Bíblia de capa preta embaixo do braço, negar sorriso, afeto
fora da igreja, empinar o nariz e arrazoar que apenas os seus são amados por
Deus.
Aceitar Jesus, é simplesmente adotar a maior das
verdades, é crer que o Filho de Deus já veio ao mundo, morreu numa cruz para
nos salvar e, acima de tudo, ter consciência que Ele é o único e particular
caminho que nos conduz ao Pai.
Muitos aceitam esse evento verdadeiro. Creem
sinceramente no sacrifício de Jesus, mas infelizmente se deixam abater pelo
medo de serem ridicularizados por incrédulos, muitas vezes companheiros de
longos anos e que participavam de sua maneira errada de viver antes que
deparasse com a verdade da cruz.
Esse grupo passa a servir a um deus só dele, que
aceita a individualidade afastada da unidade. Um grupo de egocêntricos é
fragmentado, é pulverizado, é um conjunto de mundinhos isolados. A unidade
torna um time de milhares singular, comungando do mesmo pensamento, do mesmo
alvo, sem medo ou covardia. São uma só pessoa vivendo em Cristo Jesus.
Crendo na Palavra de Deus, aceitando-o como Senhor e
salvador, cumpriremos, sem receios ou desconfianças a ordenança de pregar o
evangelho a todas as criaturas.
Estamos nesse grupo? Queremos abandoná-lo? Que tal
começarmos dentro de casa, mostrando e demonstrando amor real aos nossos
filhos, ensinando-lhes quem foi, o que é e o que será Jesus amanhã. É fácil,
Ele nunca mudou ou mudará.
Por que deixarmos nossos filhos, amigos ou parentes,
serem influenciados por doutrinas apócrifas, criadas pelo homem, se podemos
seguir os ensinamentos dados pelo próprio Deus?
O livre arbítrio me permite escolher um alvo, um
objetivo... Onde quero chegar?
Pr.
Antonio Jorge
ajorgefs@gmail.com
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