quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Onde está você?


Gn 3:9 Mas o SENHOR Deus chamou o homem, perguntando: “Onde está você?”

           O sol ainda deixava escapar alguns raios que, libertos, espargiam-se em regozijo ameigando a folhagem aveludada de gigantescas árvores enquanto aquecia a terra.
          O final de mais uma tarde instalava-se na atmosfera daquele dia emoldurando graciosamente o solo rico, generoso, separado pelo próprio Deus para abrigar a coroa de Sua recente criação.
          O rio que ali nascia, dividia-se em quatro outros que abraçavam esse jardim oferecendo, além de água, ouro e pedras preciosas, fertilidade sem fim. Depois seguiam silentes, vitoriosos, a espalhar vida por distintos recantos longínquos da terra.
          A brisa da tarde manifestou-se no Jardim do Éden como parte de uma oração contrita da natureza. Deus se fez presente. Adão, e sua mulher Eva, ouvindo os passos do SENHOR, esconderam-se entre folhagens.
          O homem pela primeira vez fugia do criador. É bem provável que os dois tenham prendido a respiração, à procura de silêncio absoluto, na fantasiosa tentativa de permanecerem ocultos.
          Sentiram cada vez mais perto a presença majestosa do REI DOS REIS. A pergunta feita ao homem soou não em forma de um brado estridente, ameaçador, mas como palavras gélidas em seu coração:“Onde está você?”
          No primeiro momento, talvez apenas o cochichar da brisa leve roçando nos galhos floridos serviram como resposta.
          Acuado pela própria consciência, Adão respondeu baixando a cabeça e fixando os olhos no chão:
– “Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo, porque estava nu; por isso me escondi”.
          Esta foi a primeira resposta dada ao Criador. Creio que Adão tenha feito uma rápida análise introspectiva de seus atos, antes de constatar dois fatos aparentemente óbvios e tomar uma decisão errada.
          Adão ficou com medo... Viu que estava nu... Escondeu-se do SENHOR.
          A pergunta ainda reverbera através dos tempos afligindo corações. É pena que nem todos baixem a cabeça e fixem os olhos no chão. Muitos ainda, até hoje, insistem em tomar decisões erradas. Buscam esconderijos nas drogas, no dinheiro, nas sarjetas imundas de uma vida inglória...
          Adão temeu. Sentiu que no ato de desrespeitar a Deus, comendo do fruto proibido, perdera a proteção que o mantinha seguro.
Ao romper o elo de amor, de confiança, nele depositado pelo SENHOR, viu-se vulnerável ao inimigo. É muito provável que seu espírito tenha se esvaziado da alegria que só a presença de DEUS oferece.
          Que faremos, ao cair da última tarde, quando o vento leve nos acariciar a face e sentirmos a presença do Criador se aproximando? Quedaremos amedrontados?
          Em que nossos atos estão em conflito com a vontade de Deus? Em que O desobedecemos?
          Adão percebeu que estava nu. A nudez que viu em si mesmo não pôde disfarçá-la com folhas. Quando se desrespeita o Criador abdicamos de Sua presença, de Seu amor... Ficamos espiritualmente nus, sem amparo, e não adianta evadir-se. Para onde iremos nós? Como fugir de Sua onipresença?
          Um dia, fatalmente haveremos de revelar onde estamos... Por que tentamos debalde nos esconder?
          Assim como Adão, tentaremos nos desculpar e provavelmente lançar a culpa sobre alguém. Eva foi acusada pelo marido de ter-lhe dado o fruto proibido. Esta, por sua vez, acusou a serpente.
          A quem atribuiremos nossas transgressões? Aos “amigos” que nos induziram a toda sorte de pecados? Aos prazeres ilícitos do mundo? A algum homem frustrado que, enganado pelo inimigo e fugindo da verdade, escreveu seu próprio evangelho?
          Deus quer saber onde estamos. Deseja ouvir de nossa própria boca, com palavras impregnadas com a verdade, saídas espontaneamente do coração, não onde estamos fisicamente, mas o que fizemos com o amor que Ele nos ofertou.
          Que desculpas apresentaremos ao Criador quando a derradeira brisa nos tocar o rosto e, diante Dele, compreendermos que não pudemos nos camuflar?
          Como justificar que o sangue vertido pelo Seu Filho na cruz do calvário foi desprezado por nós?
          A PALAVRA DO SENHOR nos diz que só existe um caminho e esse caminho é Jesus. A mesma PALAVRA DO SENHOR diz que todos pecamos... Mas nos mostra uma saída, a porta certa, a atitude sensata que devemos tomar.
          Não podemos nos esquivar ou ocultar da face de Deus, mas poderemos nos arrepender de O termos ofendido.
O arrependimento verdadeiro é o prenúncio do perdão. Sabemos que um coração contrito jamais será desprezado por Deus.
Enquanto houver em nós resquícios de um sopro de vida, poderemos transformar em labaredas ardentes uma tênue brasa de um amor que esquecemos e desvalemos ao longo do tempo.
          O arrependimento verdadeiro nos devolve a exultação de viver, restituindo a aliança feita outrora com o SENHOR.
Um dia, quando ouvirmos Sua voz, não sentiremos o coração congelar, não experimentaremos os aguilhões do medo, da insegurança... Não nos ocultaremos...
Será com júbilo, desfrutando da maior alegria de todas as tardes por nós já vividas, e do gozo máximo sentido provocado pelas incontáveis brisas que já nos beijaram o rosto, que responderemos à pergunta feita a Adão no paraíso: Eis-me aqui SENHOR... Eis-me aqui.
Pr. Antonio Jorge

domingo, 18 de novembro de 2012

Conversando com Deus


            Duas horas da manhã. Termina mais um parto cesariano. O cansaço inevitável aos poucos toma conta de mim. Tento resistir. Um sorriso rápido de contentamento alentou-me quando o obstetra referiu que não havia mais nenhuma cirurgia programada. Desci a rampa que conduz ao quarto de repouso dos médicos.
            O ruído do ar condicionado insinua-se como cantiga de ninar. Em poucos minutos o sono envolveu-me junto com a escuridão do ambiente.
            Algum tempo depois a porta do quarto rangeu. Acordo e permaneço imóvel. O vulto de uma auxiliar de enfermagem, procurando orientar-se entre as várias camas enfileiradas, caminha em minha direção.
            – Doutor... Doutor... –, falou sussurrando tentando abafar a voz para não acordar os outros médicos –, estão chamando no bloco cirúrgico!
            Tentando controlar o sono e a fadiga, abro lentamente os olhos no afã de raciocinar. Uma réstia de luz oportuna invade o recinto através da porta deixada entreaberta. Na penumbra, consigo distinguir os ponteiros do relógio de pulso marcando duas e trinta.
            Sentei-me devagar na cama. Tateando com os pés, encontro os sapatos no chão. Calço-os desajeitadamente. A mesma rampa que me conduziu ao quarto trinta minutos atrás pareceu-me mais longa e sinuosa como caminho de volta.
            No bloco cirúrgico, o obstetra aproximou-se de mim, e tentando justificar o chamado, falou:
            – Esta paciente chegou agora mesmo, é necessário intervir.
            Na mesa obstétrica estava deitada uma moça aparentando de quinze para dezesseis anos. A cabeça, muito pequena, caracterizava uma microcefalia acentuada. Os cabelos longos, negros e grossos que brotavam desde o meio da testa, davam a impressão de um rosto ainda menor. As mãos recurvadas sobre os punhos escondiam dedos retorcidos e delimitados por longas unhas encurvadas e sujas. As pernas, atrofiadas e mal formadas, mantinham-se retesadas e espásticas sobre seu abdome.
            Num relance, percebi naquela face maltratada, um olhar angustiado, sofrido e alienado de qualquer parâmetro. O sangue que fluía com abundância de sua genitália, impunha uma intervenção médica imediata.
            O cirurgião olhou-me nos olhos e relatou o fato:
            – Essa paciente tem dezesseis anos, é muda, surda e deficiente mental. Alguém, provavelmente um parente próximo, a estuprou. A família conseguiu na justiça que ela fizesse um aborto “legalmente”, só que o processo demorou em ser julgado. Ontem, alguém administrou-lhe uma droga abortiva e hoje expeliu um feto de seis meses que nasceu vivo e morreu horas após. Esse sangramento é devido a restos de placenta que ficaram retidos em seu útero. Precisamos coibir essa hemorragia.
            Diante da narrativa o cansaço e o sono sumiram. Deram lugar a uma imensa tristeza que me fez refletir e buscar, conversando com Deus, um alento. Orei:
            “Senhor, como pode o homem ser tão mesquinho, tão pequeno, tão miserável? Como pode o homem desrespeitar desse modo seu semelhante? O que tem no coração um ser que violenta sexualmente uma pessoa como esta? Isto é obra do próprio homem?
            Não sei, na verdade, quem foi mais covarde! O criminoso que a estuprou? O juiz que determinou o aborto legal? A pessoa que ministrou a droga abortiva? De uma coisa estou bem certo: quem menos teve culpa neste episódio pagou com a própria vida e foi a criança abortada!”
            Este fato fez-me lembrar da história de um homem que viveu entre nós há muito tempo, a quem nunca se pode imputar qualquer culpa e, mesmo assim foi condenado à morte. Ele curou cegos, coxos, paralíticos, limpou leprosos, e quando esbofeteado, ensinou-nos a oferecer a outra face; resgatou-nos do pecado e, erguido em um madeiro depois de insultado e humilhado, bradou a Deus , seu pai, pedindo perdão para seus algozes.
            A criança abortada pagou com a vida a covardia e crueldade de alguns homens. O Filho de Deus pagou com a vida pelos pecados de todos os homens e com isso nos resgatou e nos deu a possibilidade da salvação. O Filho de Deus morreu por amor infinito a nós. Como Ele se sente quando o ofendemos? Quando o desprezamos? Será que deste modo, não o estamos condenando e rejeitando também, da mesma forma como foi condenada e rejeitada aquela criança?

terça-feira, 13 de novembro de 2012

A Recompensa




            O bloco cirúrgico está mais frio do que nos outros dias. A cirurgia já se arrasta por quase três horas. A paciente, que estivera respirando através de aparelhos de anestesia, começa a acordar. Lentamente abre os olhos e tenta inteirar-se do ambiente. Afagando-lhe o rosto com as mãos, pergunto, próximo ao seu ouvido, se tudo está bem. Sonolenta, sacode a cabeça afirmativamente tentando esboçar um sorriso. Já são quase onze horas da manhã e, em outro hospital, eu tinha cirurgia marcada para as dez.
            Saio apressado tentando diminuir o atraso. O trânsito lento aumentou a inquietação que se apodera de mim. Sabia que o cirurgião que estava esperando não aceitaria qualquer desculpa. Distraído, avanço uma preferencial. Um motorista é obrigado a fazer uma manobra brusca para evitar o acidente. É muito provável que ele estivesse mais apressado que eu a julgar pelo palavrão e pelo gesto obsceno feito com a mão. Não aceito a provocação e continuo dirigindo.
            Chego ao meu destino. O estacionamento está lotado. Uma volta a mais no quarteirão seria imperdoável. Respirei fundo para aliviar o estresse e, bem mais adiante, consegui, em uma rua transversal, vaga para estacionar o carro.
            Com passos rápidos entro no hospital. Desviando de um aglomerado de pessoas chego ao corredor que me conduz ao consultório do cirurgião.
            Bato à porta. Entro. Em vez do olhar de reprovação e ira, surpreendeu-me, no rosto do colega que esperava, um sorriso largo e feliz. Atônito, fiquei por uns momentos sem entender a recepção inversa da esperada.
            Estendendo-me a mão para um cumprimento, disse-me sorrindo como se eu tivesse chegado bem antes da hora marcada:
– Estás lembrando deste paciente?
Ali no consultório estava uma senhora humilde, sentada em uma cadeira com uma criança no colo. Fixei o olhar no menino de cabelos negros, lisos, pele morena, olhos salientes, lacrimejantes, rosto magro e, a julgar pela boca entreaberta deixando parcialmente a língua exposta, diria que estava sorrindo.
– Sim, lembro-me do menino. Já o anestesiei várias vezes – respondi ainda sem entender o porquê de toda aquela alegria do colega.
            Era uma criança que amargava as sequelas de uma paralisia cerebral em consequência de um parto difícil e prolongado. Tinha oito anos de idade. Fisicamente aparentava uns seis. Esses pacientes ficam com os membros espásticos, tensos e sem controle motor porém, alguns deles, mantêm um certo grau de inteligência preservado, dependendo da área afetada do cérebro.
O cirurgião, colocando uma das mãos em meu ombro, disse:
– Quero te mostrar o resultado das cirurgias que fizemos neste moleque! – Em seguida, dirigiu a palavra à mãe:
– Coloque o menino ali.
            Quando vi aquela criança, encostada na parede, de pé, tive a certeza de que as mãos de Deus haviam segurado o bisturi daquele médico nas várias cirurgias anteriores. Era quase impossível acreditar que aquele menino, magro, pernas finas e retorcidas sobre as coxas, e que nunca havia andado na vida, estivesse ali, de pé, mesmo que apoiado.
            Quando, ao comando do médico, o menino, cambaleando, de braços abertos, caminhou em minha direção, ajoelhei-me para receber aquele abraço amigo... e o abençoei em nome de Jesus.
            Com a minha alegria, pude entender a alegria do cirurgião.
            Durante os poucos passos daquela jornada, seus olhos meninos sorriam felizes. Mesmo arrastando os pés, aquele caminhar significava a recompensa pelo esforço daquela mãe, pela força de vontade do menino, pelo acreditar no que se faz, na alegria por um ideal alcançado. Tive a certeza então que, além de nos usar como médicos, naquela recuperação, Deus usou seu próprio coração.
            Todos os dias Deus nos mostra seu amor e confirma que é fiel à sua Palavra. Um dia Ele disse: “ Pedi e dar-se-vos-á”. Aquela mãe com certeza pediu e recebeu a recompensa por acreditar, por ter fé.
            O que precisas pedir para Deus? O que está te faltando neste momento? Seja lá o que for, pede com fé, pede com amor, pede com o coração ajoelhado diante do coração de Deus e receberás. Não precisas gritar porque esse Deus está com os ouvidos inclinados para te escutar. Lembra-te apenas que, de ti, Deus quer tão-somente amor, palavras de fé, louvor e adoração.
            Pede para Deus que te faça andar, mesmo tropeçando...mas que seja pelos Seus caminhos.
Pr. Ajorge

sábado, 10 de novembro de 2012

A viúva de Naim


(Lc 7:11-17)
         Passo a passo Jesus seguia em direção à cidade. A multidão, sempre presente, acompanhava-O trôpega fustigada pela dificuldade que o cansaço impunha. Ninguém, mesmo assim, perdia algum de seus movimentos.
      É bem possível que, pela sua testa bronzeada, luzidia, castigada pelo sol desapiedado, algumas gotas de suor lhe emoldurassem o rosto. No momento, apenas caminhava... Caminhava movido pelo amor... Pela certeza de estar obedecendo às ordens do Pai Celeste.
         Ao longe, um cortejo fúnebre pausadamente atravessava a porta da cidade. Podia-se ouvir uma ladainha de tristezas entoada, entre doridos prantos e soluços, em penhor do desespero, banhado pela desesperança.
         A poeira levantada delimitava bem aquela comitiva sofrida, mas deixava divisar, agora mais próxima, a silhueta encurvada de uma mulher, coberta de trapos e cinza, abraçando um caixão humilde sustentado pelas mãos calejadas de alguns romeiros que compunham a procissão.
         Jesus apertou os passos naquela direção. Queria chegar mais próximo o quanto antes. Castigavam seus ouvidos o choro e as lamentações daquela mulher que se derramava em amarguras. Ele se fez compadecido com tal aflição.
         A multidão que o seguia não entendeu bem o motivo pelo qual Jesus caminhou mais depressa em direção àquele enterro que deixava a cidade. Que lhe passava pela cabeça?
         O grupo que O seguia era heterogêneo não só em relação às etnias, mas também quanto ao objetivo. Uns queriam apenas ver prodígios... Outros precisavam dos milagres... Outros mais ainda queriam certificar-se de quem era realmente Jesus. Havia aqueles que, mandados pelos sacerdotes, procuravam acusá-Lo de blasfêmia para O matarem. É bem verdade que também estavam ali aqueles que já O reconheciam como o Messias enviado por Deus.
        As duas cortes se encontraram. Jesus adiantou-se. Parou diante da mulher. Olhou-a nos olhos. Atônitos, os que carregavam o caixão ouviram-no dizer à mulher: “Não chores”.
         Como não chorar? Como suportaria aquela viúva ver o filho único dentro de um esquife? Ali estavam todas as suas esperanças e sonhos. Como as necessidades seriam supridas agora sem seu arrimo? Restava-lhe apenas a escravidão.
        Os presentes olhavam para o caixão. Viam apenas um defunto, um corpo sem vida que não podia nem ser tocado, pois que quem ousasse fazê-lo certamente se tornaria impuro.
         Aquela mulher já se conformara com seu mal. Caminhava para o cemitério com o intuito de sepultar sonhos, esperanças e a vida que lhe restava.
         Eu estava lá seguindo Jesus. Entre a multidão postei-me bem perto daquela mulher. Ela olhava para o filho inerte. É bem provável que a imagem dele lhe parecesse distorcida, pois a via através de lágrimas.
         Por um momento pensei em mim mesmo. Onde estão meus sonhos? Minhas esperanças? Meus planos de vida? Em que caixão repousa meu coração? Estou caminhando para um cemitério de sonhos tal qual essa viúva? Onde estão meus objetivos?
         A grande maioria ali presente não via mais solução possível para aquela mulher. Queriam seguir em frente com o féretro. Afinal, que poderia o Messias fazer ali diante da realidade da morte?
         Ele chegou mais perto ainda do caixão. Tocou-o. Todos pararam. Quem era aquele homem, senão um estranho, para interromper o enterro? O que Ele queria com aquela mulher?
Pude ver, claramente, a fisionomia de deboche e descrença de alguns, quando Ele, dirigindo-se ao morto, disse: “Moço, eu te ordeno, levanta-te”.
       Por um breve momento houve expectativa. Por um momento mais abreviado ainda, os que cercavam o ataúde viram o moço, que estivera morto, voltar à vida. Num lampejo de tempo, aquele rosto fatigado, esmaecido da viúva, que traduzia o sofrimento da certeza de um fim impiedoso, transformou-se no sorriso que manifestava a magnificência, a aurora de uma alma feliz.
      Vi quando Jesus devolveu o moço, agora vivo, para aquela senhora. Vi o semblante, o olhar de agradecimento àquele que palavras não conseguem proclamar. Vi amor em ambas as partes. Jesus devolvendo esperanças... a mulher recebendo de volta o dom da vida.
         Entendi o momento vivido ali. Jesus está sempre vindo ao nosso encontro. Ele se apressa, quer nos livrar das amarguras, quer resgatar nossos sonhos, nossos ideais.
        Quando colocamos a vida em um caixão dispostos a enterrá-la, por julgarmos que não existe mais salvação, que não temos mais nenhuma opção possível, que tudo já se consumou e só nos resta esvaziá-la junto com nossas cinzas, o Senhor olha dentro desse caixão e não vê uma vida destroçada, não vê o fim, mas um renovo, uma nova oportunidade, o início de uma jornada vitoriosa, agora mais perto dele.
      Assim como restituiu o filho único da viúva da cidade de Naim, Ele quer sarar nossas feridas... Dar-nos vida nova em abundância.
Deixemos que Jesus pare o enterro de nossos propósitos. Ele está bem perto de nós. Quer nos dar uma nova chance.
Texto retirado do livro do Pr. Antônio Jorge “Eu estava lá”

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A faca e o queijo na mão!

     É fácil ser fiel a Cristo hoje! É isso mesmo, você não está lendo errado. Realmente é se compararmos com o início dos dias, desde Adão e Eva....
     Imagine o que era ser fiel a Deus no tempo em que não havia nem sido escrita a palavra de Deus?
     Todos conhecemos Abraão como o pai da fé, mas no tempo dele era fácil ter fé? Imagine você, Abraão  na sua casa, vivendo tranquilamente quando Deus então vem a ele e fala para largar a casa de seu pai onde vivia, tomar a sua esposa Sara e sair em peregrinação para uma terra que ninguém sabia onde ficava, nem se era hospitaleira, se era fértil, enfim, sem nenhuma garantia de absolutamente nada palpável, somente a voz de Deus. E mesmo assim, como um bom servo ele se pôs a andar em busca de Canaã.
     E as promessas não pararam por aí, o Senhor uma noite se apresentou a Abraão e falou que o mesmo seria pai de muitas nações, assim como são incontáveis as estrelas do céu e os grãos de areia na terra, assim seria a descendência daquele velho, isso mesmo, velho de avançada idade, com uma esposa também idosa, e pra colocar mais uma cereja nesse bolo ela era estéril.
     Resumindo a história; um casal de idosos peregrinando no deserto, "sem rumo", com uma mulher estéril, seriam pais de muitas nações, e habitariam uma terra que emanaria leite e mel... Realmente não era nem um pouco fácil de acreditar, afinal, o pai da fé não tinha um livrinho sequer da bíblia para consultar, nada que desse crédito a voz de Cristo, a não ser a sua fé e a sua fidelidade!
     Pois tudo se cumpriu exatamente como Cristo havia dito, Isaac nasceu quando sua mãe tinha 100 anos de idade, isto mesmo, 100 anos. E a partir daí tudo correu bem não foi? Não! Pois Deus após o nascimento de Isaac, vem a Abraão novamente e pede a vida de seu único filho em sacrifício, esse mesmo filho que foi dado como o cumprimento de uma promessa de Deus, estava agora sendo pedido em holocausto. 
     Será que só haveria uma estrela no céu ou um grão de areia na Terra? O que tinha de infinita uma descendência de apenas uma pessoa? Abraão deveria imolar o filho da promessa? Quantas pessoas Deus havia ressuscitado até aquele momento na história, para que Abraão cresse nessa possibiliade?
     Abraão mais uma vez, movido pela sua fidelidade a Deus, subiu o monte para executar a sua ordem, e quando já estava prestes a matar seu filho, a voz divina o manda parar e mostra um cordeiro perfeito para o sacrifício.
     E realmente ele ainda é o Pai de muitas nações, e incontáveis são os seus descendentes, assim como as estrelas do céu e os grãos de areia da terra.
     Hoje, temos as sagradas escrituras que norteiam a nossa vida, temos todos os mandamentos explícitos e claros, temos os exemplos de muitos homens de fé como Abraão, Daniel, Isaías, Jeremias, Davi, José, e a própria existência entre nós do cordeiro de Deus, Jesus Cristo, que se deu por nós na cruz do calvário para limpar nossos pecados. Temos a faca e o queijo nas mãos! Comer, depende de nós, a palavra é o alimento para a nossa alma, e a verdade libertará o nosso entendimento.
     Dificuldades sempre teremos ao longo de nossa vida, mas a forma de superá-la, está ali, na Bíblia mais perto de você, só falta comer o queijo....
     

sábado, 3 de novembro de 2012

O Redentor

     Fico pensando as vezes na enorme quantidade de pessoas que vivem por ai simplesmente por viver...
     Em grande parte delas, mesmo o trabalho e a família não preenchem um certo vazio que toma conta delas, então, passam a recorrer a todo tipo de coisa para preencher esse "vazio". Aí que mora o perigo...
     Nesta fase de preenchimento, aparece muita gente com soluções fáceis, maneiras e 'da hora'.... Te oferecendo drogas de todos os tipos, não só as ilícitas, mas principalmente as ditas 'legalizadas' como a prostituição,  álcool e o fumo, que aliás matam segundo estatísticas, muito mais do que seus pares ilícitos.... E mal você percebe, que está entrando num caminho praticamente sem volta, onde possivelmente perderá TUDO o que você tem.... a família, os bens, o trabalho.....
     Quero que você saiba que neste momento terá muita gente sofrendo por você, os que te amam de verdade, mas também terão aqueles que se regozijarão com a sua desgraça, e não são apenas os seus falsos amigos que estarão rindo, mas principalmente o diabo e seus anjos, que estarão em plena festa por arrebanhar mais uma alma.... sim, o maligno a quer, e dará tudo para te ver no chão, imundo fisicamente e espiritualmente, entregue as drogas, aos vícios e a prostituição.....
     E olha, os vícios não estão apenas relacionados ao álcool e as drogas, eles se travestem de muitas coisas, aliás tudo que é vício, mesmo aqueles inocentes como horas a frente do computador, as fofocas, a mentirinha, etc...., enfim, tudo que tire você da sua família, do convívio social e principalmente de Deus....
     Deus.....ele com sua imensa misericórdia, um dia fez algo inimaginável, principalmente nos dias de hoje... Ele deu algo....e algo muito valioso....uma vida..... e não foi qualquer vida, foi a vida do seu único filho, Jesus...
     Jesus... nome que está sobre todo o nome, nome ao qual se acalmam os mares e se dobram os montes, curam os doentes, e ressuscitam-se os mortos....isto mesmo, este nome ressuscita os mortos...
     Logo ele...mas são os desígnios de Deus....ele que nos ama imensamente, nós criaturas corrompidas pelo pecado, falhos, desobedientes.... sim, ele deu o seu filho, o único no gênero, incorruptível, o príncipe da paz, para nos aliviar, nos livrar de toda a culpa e de todo o pecado. Ele nos deu a vida, e a vida com Cristo é abundante e eterna.
     Chega de não encontrar motivos na vida, chega de espaços vazios....pois saiba que esse vazio que você sente é exatamente do tamanho de Deus...ele só precisa que você o deixe entrar na sua vida! e não estou falando de religião, e sim de experiência direta com Deus, que nos deu o caminho direto para a salvação que é a sua palavra.
     Portanto, junte-se a ele, ore e medite na palavra de Deus, que todo o espaço desocupado no seu coração acabará, e mananciais de águas vivas, de amor, brotarão em sua vida, e pode ter certeza que você sairá vencedor de qualquer batalha.... elas não deixarão de vir, mas com o próprio Deus como nosso general... você com certeza triunfará!
     Pense nisso!
   

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Começando...

       Olá amigos.

       Para começar, este primeiro post, serve apenas para dizer que sou uma pessoa comum, mas com alguns pensamentos que gostaria de expressar a cerca da vida, e tudo que ela nos proporciona.
      Não sou escritor profissional, portanto, perdoem-me as falhas que certamente irão ocorrer.
      Sou apenas um entusiasta, com uma certa quantidade de pensamentos, que logo logo passarei a divulgar....
      A todos que acompanharem, sejam muito bem vindos, e fiquem a vontade para enviar sugestões e criticas para o meu email: opassoafrente@gmail.com

     Boa Leitura a Todos....