domingo, 5 de maio de 2013

A pesca Milagrosa

   
      No livro “A pesca milagrosa” a proposta é analisarmos o texto descrito em Lc 5:1-11. De cada versículo compusemos um capítulo que será editado neste blog semanalmente.

Vs.01: Certo dia Jesus estava perto do lago de Genesaré, e uma multidão o comprimia de todos os lados para ouvir a palavra de Deus.
Vs. 02: Viu à beira do lago dois barcos, deixados ali pelos pescadores, que estavam lavando as suas redes.
Vs. 03: Entrou num dos barcos, o que pertencia a Simão, e pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia. Então sentou-se, e do barco ensinava o povo.
Vs. 04: Tendo acabado de falar, disse a Simão: “Vá para onde as águas são mais fundas”, e a todos: “Lancem as redes para a pesca”.
Vs. 05: Simão respondeu: “Mestre, esforçamo-nos a noite inteira e não pegamos nada. Mas, porque és tu quem está dizendo isto, vou lançar as redes”.
Vs. 06: Quando o fizeram, pegaram tal quantidade de peixes que as redes começaram a rasgar-se.
Vs. 07: Então fizeram sinais a seus companheiros no outro barco, para que viessem ajudá-los; e eles vieram e encheram ambos os barcos, ao ponto de começarem a afundar.
Vs. 08: Quando Simão Pedro viu isso, prostrou-se aos pés de Jesus e disse: “Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador!”
Vs. 09: Pois ele e todos os seus companheiros estavam perplexos com a pesca que haviam feito,
Vs. 10: como também Tiago e João, os filhos de Zebedeu, sócios de Simão. Jesus disse a Simão: “Não tenha medo de agora em diante você será pescador de homens”.
Vs. 11: Eles então arrastaram seus barcos para a praia, deixaram tudo e o seguiram.


Capítulo 01

A Multidão

Vs. 01: Certo dia Jesus estava perto do lago de Genesaré, e uma multidão o comprimia de todos os lados para ouvir a Palavra de Deus.

         É bem provável que o vento puro da manhã, de um dia com prenúncio de sol, não alcançasse Jesus que caminhava às margens do Lago de Genesaré.
Cercado por uma multidão de pessoas Ele se deslocava lentamente, passo a passo, buscando no horizonte a silhueta de dois barcos ancorados à beira do lago. O barulho da multidão se confundia com o quebrar de algumas ondas submissas que, em oração, comungavam com as areias da praia.
O grupo O apertava. Os mais arrojados tocavam-lhe nos braços e, em súplicas, dirigiam em brados, ao mesmo tempo, favores inusitados.
Ele caminhava em silêncio, indiferente, sem responder a ninguém. Limitava-se a ouvir. Esperava o momento para ensinar sobre o Reino de Deus. Aquela multidão não estava completa. Faltavam os tripulantes dos barcos que avistara ao longe.
Vez por outra olhava em torno de si mesmo. Via ao seu redor as mais diferentes expressões desenhadas na máscara facial de cada um deles. Uns choravam, outros riam, outros ainda mostravam indiferença, mas não desistiam de acompanhá-Lo.
Jesus conhecia o coração de cada um daqueles que o comprimiam e se arrastavam em procissão seguindo suas pegadas que se apagavam camufladas por muitas pisaduras abandonadas ao longo do caminho pela multidão.
Só o próprio Jesus podia identificar o propósito de cada um dos acompanhantes. Alguns estavam ali, porque haviam reconhecido Nele o Messias prometido nas Escrituras Sagradas.
Outros cobiçavam apenas um milagre sem se importar com o que Ele era de fato. Os que desejavam aprender sobre o Reino de Deus estavam também presentes, mas havia aqueles que O seguiam com o intuito de ouvirem alguma blasfêmia para entregá-Lo às autoridades romanas ou sacerdotes judeus.
O grupo de seguidores de Jesus crescia muito à medida que O ouviam falar do Reino de Deus. Isso preocupava as autoridades romanas que passaram a recear uma convulsão popular; preocupava também os sacerdotes judeus, que temiam perder prestígio e posição, pois estavam apegados às tradições religiosas e esquecidos das Escrituras Sagradas.
Independente do intento de cada um deles, Jesus continuava sua caminhada, sempre em frente, para oferecer a todos a PALAVRA DE DEUS.
Hoje o cenário é outro. Jesus continua caminhando não mais às margens do Lago de Genesaré, mas entre nós. Cada um, atualmente, fazemos parte da multidão que O comprime atropelando-O com pedidos e súplicas insólitas.
O que queremos de Jesus? Estamos na caravana adorando-O como o verdadeiro Messias ou desejamos apenas um milagre para nos livrarmos de algum espinho que nos machuca há algum tempo?
Queremos saber quem é de fato Jesus? Se for isso, precisamos abrir o coração, olhar em seus olhos com o amor, e deixar fluir a sinceridade que Ele espera de cada um de nós.
Estamos no agrupamento buscando uma palavra de Jesus que possa dar força às mentiras do inimigo? Que veio somente para matar, roubar e destruir? Jamais essa palavra será dita por Ele!
Será que, como as autoridades romanas e os sacerdotes judeus, contemporâneos de Jesus fizeram, queremos também afastá-Lo definitivamente de nossas vidas? O que tememos perder se Jesus entrar em nossos corações? Prazeres ilícitos desta vida?
Que motivos me forçam a rejeitar aquele que deu a vida por mim no Calvário? Será que sou feliz sem Jesus? De onde brota o sorriso que, por vezes, sorrateiro me escapa? Da superfície da face que se sujeita sistematicamente às emoções ou do coração?
A máscara que arquiteta um sorriso superficial retrata sempre a vil caricatura de um derrotado. Ela só aparece diante dos outros, mas nunca se reflete no espelho da verdade.
A alegria verdadeira se faz presente de corpo inteiro. Não apenas em um palmo de rosto bonito. Nasce do coração. Reflete-se a todo o momento, mesmo naqueles em que estamos sós.
Tribulações não são tristezas, são obstáculos a serem vencidos, e a alegria de estarmos com Jesus, nos conforta por sabermos que Ele é quem lutará por nós e em uma bandeja de amor nos servirá a vitória. Seremos vencedores sem nenhuma dúvida.
O que me leva à multidão que segue Jesus? Seja qual for o motivo, Ele sempre nos favorecerá com as respostas que precisamos e colocará em nossas mãos a espada de dois gumes, afiada, que não perde batalhas... a PALAVRA DE DEUS.
Pr Antonio Jorge

Nenhum comentário:

Postar um comentário