O
país inteiro para. As pessoas, agitadas, correm arrumando malas e pertences
para um fim de semana prolongado.
A alegria move os passos de todos. As
compras feitas vorazmente fazem com que muita gente se acotovele nos
supermercados e disputem aos palavrões os últimos ovos de chocolate. As bebidas
alcoólicas não são esquecidas.
Nas estradas congestas os primeiros
acidentes provocados por uns drinques antecipados. Alguns, infelizmente, não
conseguem sequer chegar ao destino imaginado para o lazer.
Festas, reuniões, muita comida, excesso
de álcool, drogas, descontrole total. É o feriado da Semana Santa que chegou.
Pouca gente lembra “o que”, e principalmente
“como”
se deve comemorar a chamada Semana Santa.
O sacrifício de Jesus foi esquecido,
tanto quanto sua ressurreição. Muitos sequer sabem que o peso maior da cruz não
era o do madeiro em si, mas o dos nossos pecados. Muitos jamais imaginaram que
Jesus levou sobre si as nossas dores. É difícil a conscientização de que Deus
mandou seu próprio filho para morrer em nosso lugar, a fim de que pudéssemos
ser salvos do pecado que foi cometido pelo
próprio homem.
Será que é justo, hoje, continuarmos a martirizar o Santo de
Deus? Será justo acrescentar aos açoites que lhe devoraram as carnes, o
escárnio causado pelo alcoolismo, prostituição, degradação homossexual e
lascívia? Como é possível esquecer que, um dia, todo sangue de Cristo foi
derramado por nós na cruz do calvário?
É preciso reconsiderar o conceito de comemorar
a Semana Santa. Já é tempo de olharmos para dentro de nós. Estamos comemorando
o que, com o álcool que nos embota a mente? De que estamos fugindo? Por que
temos que nos disfarçar de felizes se realmente podemos alcançar a felicidade?
Quando deixaremos de ser hipócritas e comemoraremos, realmente, a Semana Santa?
O que deve ser comemorado por todos os
homens, na verdade, é a Páscoa da Ressurreição. O que se deve comemorar com
muita alegria é a vitória de Cristo sobre a morte, ressuscitando ao terceiro
dia. Devemos ter em mente que esta também é uma vitória nossa, porque
pertencemos ao Deus que nos criou.
Quantas vezes, nesta Semana Santa,
curvamos nossas cabeças e dissemos ao Deus único e verdadeiro que O amamos?
Tivemos tempo de, entre uma coisa e outra, orar por um minuto que fosse?
A maneira mais correta de comemorar a
ressurreição de Cristo Jesus, é enchermos o coração da mais pura alegria, é
enchermos a alma inteira do amor que nos foi dado pelo próprio Deus.
Precisamos nos alegrar com a lembrança
da Páscoa da Ressurreição. Precisamos nos regozijar de um modo correto,
verdadeiro, como o Deus que nos criou e adoramos.
É bom termos em mente, e bem gravado no
coração, que o júbilo que vem do Senhor é inesgotável, sincero e duradouro. A
tristeza que a falsa alegria proporciona e se disfarça em um sorriso cínico, só
mostra aos outros como gostaríamos de ser, mas esconde a derrota que somos.
Pr. Antonio Jorge
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